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Foto do escritorJessica Alves

Nota de repúdio ao adiamento de verba para a cultura



O mês de agosto, o mais temido pelos supersticiosos de plantão, chegou ao fim e entramos em setembro com um fato que ficará marcado para todos nós amantes do cinema brasileiro. Essa mancha, podemos dizer assim, prejudicou todas as instituições de cinema nacionais, direta ou indiretamente. Foi a medida provisória 1. 135\2022, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, que adia para 2023 e 2024 os repasses provenientes das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc II, além de retirar sua obrigatoriedade. A alteração do texto, transformando “o valor aprovado em valores máximos”, desrespeita o Congresso Nacional e a população, e na prática permite que a União simplesmente não cumpra as leis.


Aprovada pelo Congresso Nacional no semestre anterior, posteriormente derrubada por veto presidencial e restaurada pelo Congresso, a lei Paulo Gustavo direciona recursos financeiros “para garantir ações emergenciais direcionadas ao setor " em até 90 dias após a ação legalmente garantida para acontecer ainda em 2022. Já a lei Aldir Blanc estabelece medidas emergências destinadas ao setor cultural e criativo, que foi fortemente impactado pela pandemia de COVID-19.


O cinema brasileiro está em descrédito em uma época eleitoral, estão apagando o direito cultural de acesso à cultura brasileira, esse mesmo acesso que permite ao jovem que sonha em ser um grande diretor de cinema, um ator, um artista das telonas, a trilhar o caminho desejado e levar a cultura a todo o país através de suas invenções cinematográficas. Porém, essa nota assinada pelo presidente Jair Bolsonaro agride a produção cinematográfica, aflige a criança de hoje, impossibilita que os jovens de regiões sem muitos recursos financeiros, como o nordeste, sonhem em trabalhar com a arte e faz com que a população chegue à conclusão que o cinema não é valorizado no Brasil.


O cinema é para todos os povos, pois todos têm direito ao acesso à cultura, assim como todos são “obrigados a votar”. Nosso voto é capaz de mudar o país, mas infelizmente, não a mentalidade de alguns governantes. Ainda assim existem pessoas a favor de que os brasileiros tenham sempre acesso à cultura à informação, graças às leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc II, que assim como nossos amigos, querem o nosso bem e proporcionam um Brasil melhor a todos nós que amamos a cultura e também para quem ainda não a ama. A KineCom apoia essa nota e também repudia todo o descaso que vem acontecendo.


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